Lei 13.830/2019 regula a prática da equoterapia

  • 14/05
  • Geral
A Lei nº 13.830, publicada em 13 de maio de 2019, entrará em vigor daqui 180 dias. Ela trata da prática da equoterapia, que é o método de reabilitação que utiliza o cavalo em abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação voltada ao desenvolvimento biopsicossocial da pessoa com deficiência.
 
A equoterapia é uma prática que traz excelentes resultados aos pacientes. Nas palavras de "Jorge Matsuda, especialista em educação e vice-diretor do Centro Básico de Equoterapia General Carracho (CBEGC-DF) “o passo do cavalo estimula o deslocamento do corpo no espaço e, com isso, exercita o equilíbrio, a coordenação, o tônus muscular e a postura. Além disso, possibilita ganhos psicológicos, aumentando a autoestima e a autoconfiança. Isso ocorre porque o animal torna-se um amigo digno de total confiança, que ajuda com suas pernas e patas para a melhora dos pacientes."
 
Ainda nas palavras de Jorge “Durante toda a sessão, os terapeutas também ajudam a estimular a fala, a linguagem, o tato, a lateralidade, cor, organização e orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos”.
"Na esfera social, a equoterapia ainda é capaz de diminuir a agressividade, tornar o paciente mais sociável, diminuir antipatias, construir amizades e treinar padrões de comportamento como: ajudar e ser ajudado, diminuir e aceitar regras, encaixar as exigências do próprio indivíduo com as necessidades do grupo, aceitar as próprias limitações e as limitações do outro.
 
Segundo profissionais da área, a equoterapia é indicada para o tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos motores, como paralisia cerebral, problemas neurológicos, ortopédicos, posturais; comprometimentos mentais, como a Síndrome de Down, comprometimentos sociais, tais como: distúrbios de comportamento, autismo, esquizofrenia, psicoses; comprometimentos emocionais, deficiência visual, deficiência auditiva, problemas escolares, tais como distúrbio de atenção, percepção, fala, linguagem, hiperatividade, e pessoas “saudáveis” que tenham problemas de posturas, insônia, stress.
 
Heitor Borella, que nasceu com paralisia cerebral, praticou equoterapia com a psicopedagoga Liana durante dois anos – de 2003 a 2005. “Só parei porque um médico orientou que eu parasse porque eu estava ficando corcunda e a terapia poderia prejudicar ainda mais”, explica o rapaz que hoje tem 19 anos, estuda jornalismo (quarto semestre) e é assistente administrativo da área de seguros do Itaú.
 
Ele considera esse tratamento fundamental para a vida das pessoas com deficiência. “Essa prática mexe com todos os movimentos da pessoa. Traz benefícios enormes para a coluna e para as pernas. Fora isso, é ótimo para a parte psicológica, pois a oportunidade de ter contato direto com os animais acaba refletindo no psicológico. Ao fazer a terapia, percebi grande melhora no meu humor, na vontade de fazer as coisas e no ritmo de vida”, relata Heitor." (Fonte: vidamaislivre.com.br)
 
A equoterapia é realmente uma prática muito importante e relevante, que deve ser incentivada e a legislação vem para melhor regular essa prática.

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